
Não era o mar,
declamando versos em um misterioso idioma de profundidades.
Era raso.
Não era ventania,
despenteando os cabelos soltos das meninas no meio da tarde.
Era um sopro.
Não era sol,
encobrindo a madrugada e alumiando as frestas das salas encortinadas.
Era fagulha de brasa.
Não era sonho,
dando fôlego às horas e sentido ao despertar.
Era delírio.
Não era fome,
salivando a boca da vida,
era capricho da gula.
Não era sobre o amor...
era chuva sem promessa de flor,
era miragem,
foi um engano,
era quimera,
era você.
Thai Pinheiro
Foto: Google imagens
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