domingo, 4 de novembro de 2012




As palavras se perderam


Meus devaneios verdes
Na ânsia e volúpia de possuir-te,
Perdem-se,
Envolvidos pelos teus véus
Esvoaçantes e libertos.

Escorregas entre meus dedos trêmulos e vacilantes,
Nunca te alcanço nesses labirintos frutíferos,
Que cismas repousar.
Por que te hesitas de mim,
Ó, palavra?

Vivo na peleja de ti.
Com olhos sempre prenhos,
E as mãos secas de versos.
Ando exausto desses encontros
Tardios, dolentes e incompletos.

Alvoreço em febre de ti,
Ponha-me no leito a delirar.
Sacia os meus lábios sedentos,
Complete minhas lacunas,
Ó, palavra!
Tenha fome de mim,
Deixe-me, por pena, um verso perverso.

Thai Pinheiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário