domingo, 15 de julho de 2012



Bateu a porta como se nada tivesse deixado para trás.
Antes, apanhara apressadamente as roupas no armário,
amassando uma a uma na mala de couro desbotada,
Não soou uma palavra, não derramou nenhuma lágrima salgada.
Pegou as chaves, amontoou os livros sobre os braços,
Rasgou-me inteira por dentro sem, ao menos, tocar-me.
Se quer olhou-me, perdeu a memória de mim.
Junto às roupas amassadas levara tudo, risos, sonhos, vontades...
Foi...
Como se o ontem fosse rabisco apagado pelo vento
soprado na noite passada.
Foi...
Como se no coração o nunca tivesse tocado.

Thai Pinheiro

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