Meu
tecido tatuado
Por
linhas delineadas,
Traço
a traço
Pelos
ponteiros apressados,
Não
sente mais a chuva,
Que
cai molhando a tarde,
Esqueceu-se
da carícia leve
Do
vento das noites de outono.
O
tic-tac ingrato,
Baila ironicamente,
Diante
de mim,
Fazendo
firulas,
Andando
sem compasso,
E
eu, passo a passo, passo
Inerte
diante do incontrolável,
Do
impiedoso tempo.
Quando
percebo,
Os
senis pelos negros de outrora
Caem
esbranquiçados,
Pelo
chão áspero
Da casa desbotada,
Meus
olhos arredondados, desgastados,
Vislumbram
em preto e branco
As
flores secas da estante.
Thai Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário