quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
E o amor, que achava-se ouro,
era coisa de tolo.
Em meio a tantos versos enamorados
nem de uma rima
ou poema minguado
digno se fez.
Em meio a tanta saudade
nem uma vírgula ou crase
grafou no papel.
Os sorrisos dos dias,
que pareciam metrificados,
morreram rascunho,
poesia sem estética e cor.
Tudo foi escrito a lápis,
pois o poeta sem rumo,
e em meio a nenhum alarde,
simplesmente, desfez.
Hoje, estudando o vocabulário infinito da dor,
ela tenta rabiscar uma letra bonita
que para o lado esquerdo do peito
seja um alento de figueira e flor.
Thai Pinheiro
sábado, 28 de novembro de 2015
O Não Soneto
E a poesia que eu tecia com a mais bela linha de ternura
Foi descosturada pela frieza das tuas mãos.
O futuro abortado no presente sem cor
Encheu o peito alegre de desesperança e dor.
A ausência das rimas de novembro enfriou o esperado verão,
E afastou o Bem-te-vi, que faminto desejava o jardim,
E fazia da flor seu mais nobre querubim.
No fim desta estação, eu só quero cravar na pedra
As letras da palavra “esquecimento”.
E talhar na madeira, como uma artesã,
um riso escancarado de miudezas sem alento.
Dormir no chão da prosa com o não soneto,
um riso escancarado de miudezas sem alento.
Dormir no chão da prosa com o não soneto,
Deslembrando dos versos malemolentes da
primavera,
que fincados no concreto, rígidos se perderam.
Thai Pinheiro
Foto: Thaiane Pinheiro
segunda-feira, 27 de abril de 2015

E foi num 28, quase como este,
que os olhos cor da noite
amanheceram para os
olhos,
quase tristes, do Poeta questionador de si
e apaixonado por D’Anjos.
Não recordo o filme, tampouco os detalhes da prosa,
mas ainda sussurram na memória as músicas cantadas ao pé do
ouvido,
molhadas com doses de versos que nunca serão vãos e vontades de ficar.
Hoje, os olhos cor da noite em prece agradece pelo amor,
que a cada dia cresce e permanece.
que a cada dia cresce e permanece.
E foi num 28, quase como este,
que abri a porta, reguei as flores, ganhei mais viço
e senti a poesia mais bela reinar.
que abri a porta, reguei as flores, ganhei mais viço
e senti a poesia mais bela reinar.
segunda-feira, 9 de março de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"São tempos difíceis para os sonhadores"
Mas é preciso
regar as flores,
arar a terra,
semear, semear, semear...
até brotar o verde,
até nascer um punhado de riso,
E fazer acordar o sol,
semear, semear, semear...
até florescer os sonhos
e cobrir o jardim de primavera.
Thai Pinheiro
Foto: googleimagens
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